domingo, 30 de setembro de 2007

Rob Zombie 1001 utilidades

Rob Zombie, fundador da banda White Zombie e consagrado artista solo parte para novos e ainda mais aterrorizantes caminhos. Neste ano, Rob lança o seu quarto filme e o mais importante na sua carreira de diretor: Halloween. O clássico filme de terror realizado por John Carpenter em 1978 ganha nova vida através dos olhos do artista.

Contando com o talento consagrado de Malcom Mcdowell (Laranja Mecânica), a presença agressiva Tyler Mane como o vilão Michael Myers, e a esposa de Rob, Sherri Moon Zombie, o filme faz uma mistura de refilmagem com prelúdio, contando as origens da maldade do psicopata mascarado.

O toque pessoal da direção de Rob Zombie são cenas chocantes, visual agressivo e uma pitada dos filmes clássicos de horror. Mas o talento musical que Rob demonstra nesta produção também não passa desapercebido.

A trilha sonora é uma seleção de clássicos do rock da época em que se passa o filme, ou seja, final dos anos 70. Rob mistura o rock progressivo de Rush com "Tom Sawyer" e a balada romântica "Love Hurts" do Nazareth. Kiss, com "God of Thunder", divide espaço com Blue Oyster Cult e sua "(Don't fear) The Reaper". Junte a esse grupo Alice Cooper, Misfits e Iggy Pop. Não tem erro, pois com artistas dessa qualidade Rob Zombie desenha meticulosamente a trajetória de seus personagens e ainda dá um presente aos fãs do gênero.

Se você se interessou pelo filme ou pela música, poderá apreciar ambos na estréia brasileira de Halloween, no dia 26 de outubro deste ano.

Para mais informações:
http://www.halloween-themovie.com

Manson não é mais o mesmo

No dia 25 de setembro, Brian Warner desembarcou no Brasil para a realização de dois shows no país, além de inaugurar a exposição "As flores do mal" na galeria Romero Britto em São Paulo, onde o cantor expõe suas aquarelas inspiradas em temas como morte, vício, doença e mutilação.

Bem, mas vamos falar do Manson enquanto músico. Os ingressos mais baratos para o show custavam em torno de 160 a 200 reais. No set list, clássicos como Beautiful People, The Dope Show, mObscene e Disposable Teens se intercalavam com músicas do seu novo álbum Eat me, Drink me. Os shows nas duas capitais duraram em torno de 80 minutos, mas essa foi apenas uma das reclamações dos fãs.

O novo álbum é considerado fraco. Com músicas mais introspectivas (escritas no período pós-divórcio do cantor), Manson não trata mais os temas que lhe fizeram estourar como ícone do rock: críticas ao american way of life, agressividade, rebeldia e letras que arrebataram jovens do mundo inteiro ao estilo inovador do artista. Eat Me, Drink Me tem como tema principal Heart Shaped Glasses, música baseada no clássico de Stanley Kubrick, Lolita. Coincidência? Talvez não. Manson separou-se de sua esposa, a idolatrada artista burlesca Dita Von Teese, e caiu nos braços da atriz-ninfeta Evan Rachel Woods, de apenas 19 anos.

Esta nova fase pessoal do cantor, que já conta 38 anos, sem dúvida se reflete em sua carreira musical. Sem fio dental, sem Twiggy Ramirez, sem Dita Von Teese, tudo que Manson trouxe ao Brasil foram performances frustrantes e destituídas da garra típica do cantor.

E sobre o VMB, precisa comentar?

sábado, 29 de setembro de 2007

Rimando irreverência com inteligência

"Enquanto você é criança, ainda é uma esperança em que os românticos como eu podem acreditar..."

É a típica banda que ainda mantém o nome pela marca que ele representa. Assim é o Ultraje a Rigor, banda quase bissexta, que sempre é apresentada nas televisões quando volta aos palcos, apesar de nunca ter acabado de fato. Da formação original, resta apenas o vocalista e guitarra-base Roger (Rocha Moreira), mais um injustiçado desse covil de rótulos que gere a cultura popular brasileira.

Seu nome é associado ao escracho, e tão só. Desonesto com seu talento. Algumas excentricidades do músico também colaboram para o tratamento que recebe: Roger só faz shows pelo Brasil e onde possa chegar de ônibus, devido ao seu pânico de avião, e posou pelado, com a mão no bolso (piadinha infame e inevitável), na G Magazine, revista voltada ao público gay, em 1999.

Seus rocks produzidos, em 24 anos de carreira, são sempre carregados de humor, porém não se trata do riso pelo riso. Roger, e conseqüentemente o Ultraje, é muito mais que isso. É uma gargalhada da sua e da minha cara, dos nossos gostos, do machista, é verdadeiro e franco com nossa ridícula condição, enquanto seres humanos e, ainda mais, brasileiros.

Pelado, que se tornou melodia de fácil encontro em qualquer montagem de áudio-visual relacionada à nudez, sendo inclusive tema da novela global Brega & Chique, de 1987, traz versos de rara perspicácia: “Indecente é você ter que ficar despido de cultura / Dai não tem jeito quando a coisa fica dura / Sem roupa, sem saúde, sem casa, tudo é tão imoral / A barriga pelada é que é a vergonha nacional”.




Na canção de mesma temática Sexo!, encontramos também um bom traçado sobre a relação da nudez com o moralismo, personificado na ocasião na figura da ditadura, ensaiando a sua retirada: “Bom! Vá lá, vai ver que é pelas crianças / Mas quem essa besta pensa que é pra decidir? / Depois, aprendem por que nem eu aprendi / Tão distorcido que é uma sorte eu não ser pervertido”. Nos versos que se seguem, há também o claro ideal de Roger, deixando em nítida exposição o que para si é a configuração da real perversão: “Voltei pra sala, vou ver o jornal / Quem sabe me deixam ver a situação geral / E é eleição, é inflação, corrupção e como tem ladrão / E assassino e terrorista e a guerra espacial / Socorro!... Eu quero Sexo!”. Não mudou muito hoje em dia, né?

Melodicamente, o legado do Ultraje também é de enorme valia. Um rock de compassos simples e solos clássicos de guitarra, hoje ao cargo do virtuoso Sergio Serra. Completam a formação atual o baterista Bacalhau e o baixista Mingau.

Esse último, ex-integrante das bandas Ratos de Porão, Inocentes e 365, participa com Roger do projeto paralelo A Fabulosa Orquestra de Rock and Roll. A proposta musical é a seguinte: No estilo das grandes bandas de rock da década de 1960, com acompanhamento de quarteto de voz e instrumentos de jazz, como piano e metais, executar antigos sons que foram esquecidos pelo tempo, enquanto Rock around de clock e Tutti frutti ganharam a dimensão que possuem.

Voltando ao Ultraje e encerrando o assunto por enquanto, após o sucesso com a gravação do Acústico MTV, a banda segue em turnê by bus desde então, ainda sem previsões para novas gravações. Enquanto isso, os fãs aguardam o que Roger tem a esculhambar.

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Roger também toca flauta, e fez o Conservatório Dramático e Musical, o Conservatório Musical Brooklin Paulista, o Clam e a Fundação das Artes de São Caetano do Sul. Chegou a cursar Arquitetura na Universidade Mackenzie, porém não completou os estudos e se mudou para a Califórnia, ficando por lá por cerca de um ano e meio. Formou-se em Inglês pela Universidade de Michigan.

Poucos sabem, porém o músico é notável por seu QI elevadíssimo. É membro da Mensa Internacional, instituição mais tradicional e respeitada do mundo a reunir os indivíduos mais bem dotados intelectualmente da face da Terra. Seus membros devem, obrigatoriamente, estar entre os 2% do topo de qualquer teste de inteligência realizado no mundo.

Roger é um desses e, claro, são-paulino fanático, tendo por costume executar o hino do clube em seus shows.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Do it yourself, Titãs!

"espírito, espírito, espírito de porco!"

Em 1997, a revista Bizz elegeu o álbum Cabeça Dinossauro, dos dinossáuricos Titãs, o melhor disco de pop-rock já produzido no país. Lançado em 1986, é bem provável que se a eleição fosse realizada hoje, 10 anos depois, o antológico trabalho continuasse nesse posto.

Quase 20 anos depois de seu estouro, muito já foi dito, e tudo que se for elogiado será redundante.

Bom, redundemos então: O disco é genial! É o trabalho mais conciso – ao mesmo tempo em que utilizam punk, funk, hard rock, pop, new wave, etc como ingredientes -, e ácido da banda, hoje conhecida pela molecadinha como aquela dos velhinhos meninões da MTV. Provocador, pesado, um soco na cara da sociedade. Igreja, Polícia, costumes e pudores são rasgados e lançados ao ar, entre gritos e distorções. Vai da barulhenta e caótica A face do Destruidor, até o pegante e clássico reggae Família. Enfim, todo brasileiro deveria ouvir pelo menos uma vez esse disco. Nem que seja para odiar, mas deveria se interar.

Introdução feita e palavras devidamente repetidas, vamos ao que interessa e ao que foi proposto a si mesmo por esse que vos fala: o vídeo-clipe Uma câmera na rocha e uma lama na cabeça, de Cabeça Dinossauro, canção que dá título ao CD. Gravado na Chapada dos Guimarães (MT) sob a direção do titã Branco Mello, o tape é precário e semi-amador. Os integrantes da banda, todos enlameados em um riacho, ao melhor estilo “figurantes de A Guerra do Fogo”, se insinuam, gritam, urram e batucam, como garotas do Fantástico vindas do inferno.

Resumindo: É excelente o vídeo! São uma penca de selvagens com “cabeça dinossauro, pança de mamute e espírito de porco”. Com apenas uma câmera e fazendo bom uso do mote punk “do it yourself” (não confundir com o da NIKE, "just do it"), Mello provavelmente fez, naquela tarde de sol, a sua melhor coisa pela banda.





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Quem acompanha o trabalho dos ex-titãs Arnaldo Antunes e Nando Reis, entende o que foi, e o que é o Titãs hoje. Os dois extremos simbolizados nas vozes esganiçadas de ambos, uma gravíssima e a outra o oposto, dá a deixa da falta que faz a diversidade musical antes experimentada pelos roqueiros paulistas do Colégio Equipe.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

VMB - Musiquinhas do ano !

Amanhã, quinta-feira dia 27 de setembro, vai ao ar ás 22 horas o VMB 2007.
Daniela Cicarelli vai mostrar as pernas e os candidatos a artista do ano, artista internacional, revelação, aposta MTV, hit do ano, melhor show, clip do ano e Web hit.

Nesse ano, o VMB deixa de lado o antigo formato, e a premiação será voltada aos artistas, e não mais só ao videoclipe que amanhã será o alvo de apenas uma das premiações.

O site da MTV não tem informações sobre os shows de amanhã, mas o link pra quem quiser votar nas categorias está lá ! www.mtv.com.br

O que se sabe é que os queridinhos da música assistirão ao vivo no palco da MTV o show de Marilyn Manson. Gostando eles ou não, essa será a grande apresentação do evento.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Nevermind the Sex Pistols

A banda britânica Sex Pistols se reunirá novamente em novembro para comemoração do trigésimo aniversário de seu primeiro e único albúm "Never Mind the Bollocks - Here´s the Sex Pistols" de 1977, que influenciou e ainda influencia muito na música.
Formada no ano de 1975 pelo empresário Malcom McLaren, o Sex Pistols se tornou um ícone do punk rock mundial por ter sido o pivô para explosão deste estilo musical. Com músicas agressivas e letras irônicas que criticavam desde gravadoras até a própria rainha da Inglaterra os Pistols estouraram na mídia.
Inicialmente com John Lydon, que mais tarde mudaria seu nome para Johnny Rotten, no vocal, Steve Jones na guitarra, Glen Matlock no baixo e Paul Cook na bateria, o Sex Pistols começou seu grande e rápido legado.
O punk que era algo novo e chocante na época se tornou um prato cheio para a imprensa inglesa, em um programa de televisão exibido no fim de 1976 com diversos punks como convidados , entre eles os Sex Pistols, Johnny Rotten responde a uma provocação do apresentador com um "Fuck off" (foda-se, traduzido para o português) chocando toda a sociedade inglesa, pela primeira vez algo do tipo era dito na tv inglesa. Essa atitude coloca os Pistols no foco da mídia, que criticava-os mas que com isso só aumentaram sua fama.
Com a saída de Matlock o Pistols chamam Sid Vicious para assumir o papel de baixista, o jovem junkie que mal sabia tocar o instrumento era o que o Sex Pistols precisava para chocar de vez o público e estourar no mundo inteiro. Agora os Pistols tinham tudo o que precisavam, já eram um ícone, foram proibidos de tocar dentro da Inglaterra, fizeram um show dentro de um barco para fugir das proibições impostas a eles, resultado a polícia acabou com a brincadeira e prendeu Malcom McLaren.
Estava na hora de embarcar para outros lugares e assim começa a tour Anarchy in USA, os Pistols resolveram que não queriam tocar nos lugares onde a maioria das bandas famosas tocavam e portanto se apresentaram apenas em pequenos clubes, os shows foram todos cercados de confusões, brigas do público com a banda eram comuns durante essas apresentações. E Sid Vicious estava cada vez mais afundado nas drogas o que causou um desentendimento na banda e o fim dos Sex Pistols em janeiro de 78, 4 dias depois do último show da turnê nos EUA.
Em 1979 logo após ter saído da cadeia, acusado de matar sua namorada, Sid Vicious é encontrado morto por consequência de uma overdose de heroína.
No ano de 1996 o grupo se reúne novamente com sua formação original e faz diversos shows, inclusive no Brasil, porém a banda se separa novamente e volta em 2003 e novamente acaba. Este ano o baixista original dos Pistols Glen Matlock esteve no Brasil onde discotecou em algumas casas de show de São Paulo.
Agora nessa nova volta anunciada o Sex Pistols farão apenas 3 shows em Londres, todos já estão com os ingressos esgotados. Agora resta esperar se eles farão apenas esses shows ou se os Pistols ainda darão as caras em mais lugares.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Happy Birthday Dee Dee Ramone


Hoje o ex-baixista dos Ramones, Dee Dee Ramone, completaria 55 anos. Dee Dee, que faleceu no dia 5 de junho de 2002 em decorrência de uma overdose de heroína, ao lado de Johnny e Joey foi um dos fundadores dos Ramones, conhecidos como os precursores do punk rock.
Dee Dee nasceu na Alemanha pós II Guerra e mudou-se para os EUA com 14 anos após a separação de seus pais, chegando em Nova Iorque ele conheceu a cena rocker do local e segundo ele próprio para consumir diferentes tipos de drogas conheceu Johnny e Joey, e dessa amizade começaria em 1974 o Ramones.
Grande compositor, várias músicas dos Ramones foram escritas por Dee Dee, algumas autobiográficas como 53rd & 3rd, que conta sobre a vida de michê do Ramone, ele se prostituia para poder comprar drogas e a música conta a história de um garoto de programa que nunca arrumava um programa, quando finalmente um cara o escolhe ele mata o sujeito para provar que não era gay.
Em 1989 Dee Dee abandona o Ramones alegando estar cansado das turnês, após sua saída Dee Dee tenta montar um grupo de rap se tornando Dee Dee King, porém não foi um projeto muito bom. Ele continuou com projetos de rock tendo gravado músicas com Johnny Thunders (Heartbreakers) e Stiv Bators (Dead Boys), além de projetos solos com sua mulher Barbara Zampini.
Dee Dee se apresenta uma última vez com os Ramones em 1996 em Los Angeles no último show da banda cantando Love Kills, música escrita por ele em homenagem ao amigo Sid Vicious, também morto de overdose de heroína em 1978.
Em março de 2002 o Ramones foi incluído no Rock´n Roll Hall of Fame, onde Dee Dee faz um discurso histórico agradecendo a si mesmo pelo reconhecimento.
Antes de sua morte Dee Dee ainda lançou sua autobiografia chamada "Poison Heart: Surviving the Ramones" que saiu no Brasil com o nome de "Coração Envenenado: Minha vida com os Ramones", com detalhes da vida de Dee Dee e histórias dele com os Ramones.
Mesmo 5 anos após sua morte ele ainda é lembrado como um ícone do punk rock mundial.
Feliz aniversário Dee Dee Ramone.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Uma desculpa para falar bem da Blitz

e sem "preconceitos, dogmas, dobermanns, dálmatas, pointer..."


Liderada pelo cantor, compositor e violonista Fernando Anitelli, a atual febre musical dos universitários paulistas, em especial entre os estudantes de comunicação, é a trupe do Teatro Mágico. Vestidos de palhaços e de uma atmosfera lúdica e poética, os 16 músicos, apesar de não contarem com alta exposição na mídia radiofônica ou televisiva, são amplamente conhecidos – amados e odiados. Aos amantes incondicionais, fala alto a “atmosfera lúdica e poética”. Aos detratores ferrenhos, soa mais forte a “palhaçada”, em seu sentido mais depreciativo.

Façamos uma abrupta volta no tempo: 21 de fevereiro de 1981.

Liderada pelo cantor, compositor e ator Evandro Mesquita, a Blitz inaugurou o bar Caribe - e a si própria -, em São Conrado (RJ), para tornar-se um dos maiores fenômenos fonográficos já vistos no Brasil. Assustando a platéia que, no breu total, foi alvejada por rajadas de lanternas inquisitoras – alusão óbvia ao nome do conjunto -, os músicos rasgaram o lugar e subiram ao palco.

Vamos agora às semelhanças e diferenças.

A chave de semelhanças está no nome dos Mágicos: Teatro. A eles, a indumentária e o próprio nome de batismo, com as vestes explícitas dos shows, nas maquiagens e fantasias – tanto as figurativas, quanto as concretas. Canções repletas de amorosidade, metáforas e anseios poéticos, namorando assim com o mundo dos sonhos circenses.

Aos cariocas da Blitz, um teatro diferente. Sem puxar para si o mote explícito da dramaturgia, foi um dos conjuntos de rock brasileiro que mais soube se aproveitar dessa faceta. Seu vocalista, gerado artisticamente no grupo teatral Asdrúbal trouxe o trombone - expoente do teatro franco do besteirol oitentista -, exprimia em suas letras tudo o que era preciso dizer no momento daquele Brasil que se remodelava a forma democrática: NADA. Explico: a juventude da elite (odeio o termo mas ainda não encontrei outro), acostumada a cultuar gênios da composição vindos dos grandes festivais, como Caetano, Gil e Chico - que brilhantemente ousaram falar de tudo de maneira camuflada, ao mesmo tempo pontuais e subjetivos em seus jogos lingüísticos -, não precisava mais disso, e já estava ocupada essa lacuna. Então surgiu a Blitz, contando a história do caminhoneiro “Arlindo Orlando” e sua “Mariposa Apaixonada de Guadalupe”, de “Beth Frígida”, “A verdadeira história de Adão e Eva” e do rapaz que “sai caminhando sozinho de madrugada, com a mão no bolso, na rua”.

É de se entender a paixonite estraçalhada pelo Teatro Mágico. Assim como ocorreu com os bons malandros roqueiros da Blitz, eles representam um pouco da falta. Agora, é o saudosismo dos grandes versos, dos grandes festivais, dos grandes mitos (dos grandes... dos grandes de fato GRANDES?), saudade da vanguarda que não foi vista por eles.

De fato o Teatro é uma ótima banda. De um ótimo letrista e vocalista, super carismático por sinal. Um show muito bem produzido, uma proposta ousada e interessantíssima. Uma banda de muito respeito e... e... e... SÓ! Precisa de mais alguma coisa? É claro que não! É desnecessário considerá-los os deuses mitológicos da ressurreição dogmática da música popular brasileira! Mas, sim... Eles são realmente bons... E PONTO! Nada mais que isso...

De qualquer forma, sou bem mais o anti-canastrismo fanático por não ser canastrão (uau!) de “mais uma das manjadas histórias de amor que já aconteceu comigo, com você, com todo mundo: A história do cara que perdeu a gata e da gata que perdeu o cara”, do que “Sol e chuva, casamento de viúva... Chuva e sol, casamento de espanhol”.


ps.: Certa vez Caetano Veloso disse: "A BLITZ é uma disneylândia pop".
Sinceramente, eu não sei que diabos ele quis dizer com isso, mas... Legal, né?

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Ambos os sites são muito legais, tem bastante material para os fãs e aos desavisados:

http://www.blitzmania.com.br/

http://www.oteatromagico.mus.br

Vou cobrar com juros

Eu tenho saudades do tempo da MPB. Saudades essas que não cabem em mim quando meus dedos cansam colados ao rádio procurando uma canção. Saudades de um tempo que eu não vivi, nascida em 1986, quando o tchan da música brasileira estava prestes a explodir.

Tudo o que se ouve nas rádios são os novos hits do momento, as músicas gritadas, que grudam na cabeça e te fazem cantarolar no chuveiro coisas que você não gosta de ouvir.
Onde estão os românticos, românticos de verdade, de pé de ouvido, de música cafona?

Muitos dos meus amores tiveram suas vozes caladas pela loucura ou pelo tempo; Tim Maia, Cássia, Elis Regina, Cazuza, Tom Jobim, Vinicius, e tantos outros. Não os perdôo, um dia acertarei as contas com aqueles que foram cedo demais.
Nada contra quem gosta das músicas fáceis, mas por Deus, eu também quero ouvir rádio.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Forgotten Boys tocam no Inferno

O Forgotten Boys, atualmente uma das bandas de maior renome no cenário do rock´n roll nacional, tocará esta noite (06/09) no clube Inferno.
O Inferno fica na rua Augusta nº501, o show começa as 23h e a entrada é R$15 com nome na lista e R$20 na porta. Para colocar o nome na lista deve-se enviar um e-mail para lista@infernoclub.com.br com o nome e especificando a data do evento, os e-mails com nomes só serão aceitos até as 18h do dia do evento e os nomes estarão na porta do clube até as 2 da manhã.
Com músicas como Just Done, 5 Mentiras, Cumm On e Stand By The Dance os Forgotten Boys costumam fazer shows cheios de energia, para os amantes de um bom rock´n roll é uma boa pedida para começar bem o feriado.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ingressos para o Tim Festival já estão a venda

Os ingressos para o Tim Festival começaram a ser vendidos hoje, segunda-feira 03 de setembro. O festival que terá atrações como os americanos do The Killers, a islandesa Björk e os ingleses do Arctic Monkeys, que atingiram a fama com distribuição livre de suas músicas pela internet e são uma das atrações mais esperadas do festival, se apresentarão em São Paulo no dia 28 de outubro na Arena Skol do Anhembi e os ingressos custam de R$200,00 à R$400,00. Além desses shows na Arena Skol ainda ocorrerão outros shows do festival em locais como o Auditório do Ibirapuera e a casa noturna The Week. A procura pelos ingressos aparentemente está grande e hoje durante a tarde a ticket master anunciou que os ingressos para o show da banda Cat Power no Auditório do Ibirapuera já estavam esgotados. Além de São Paulo o Tim Festival ainda visitará o Rio de Janeiro, Curitiba e Vitória. Mais informações sobre horários, datas e atrações do festival no site http://www.timfestival.com.br/